Humanos desenvolveram cães para ter olhos de filhote a vida toda, diz estudo

Humanos desenvolveram cães para ter olhos de filhote a vida toda, diz estudo
Humanos desenvolveram cães para ter olhos de filhote a vida toda, diz estudo (Foto: Austin Kirk/Unsplash)

Você se derrete facilmente pelos grandes “olhos de filhote” de seu cachorrinho, que te olha com a alma implorando por qualquer coisa que você, provavelmente, está disposto a dar?

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De acordo com um novo estudo, os humanos são os culpados por trás desses olhos irresistivelmente doces. Na verdade, segundo os pesquisadores, nós cruzamos esses olhos tristes com os cães domesticados de hoje a partir de cerca de 33 mil anos atrás.

“Os cães são únicos de outros mamíferos em seu vínculo recíproco com humanos, que pode ser demonstrado através do olhar mútuo, algo que não observamos entre humanos e outros mamíferos domesticados, como cavalos ou gatos”, disse a autora do estudo Anne Burrows, professora do departamento de fisioterapia na Rangos School of Health Sciences da Duquesne University, em Pittsburgh (EUA), em um comunicado.

“Ao longo do processo de domesticação, os humanos podem ter criado cães seletivamente com base em expressões faciais semelhantes às suas”, acrescentou a pesquisadora, explicando que os cães, quando comparados com seu primo genético, o lobo, têm mais músculos faciais de contração rápida.

Isso permite que os cães imitem mais de perto nossas expressões ou, pelo menos, olhem para nós de uma maneira que propositalmente derrete nossos corações. “Com o tempo, os músculos dos cães podem ter evoluído para se tornarem ‘mais rápidos’, beneficiando ainda mais a comunicação entre cães e humanos”, sugeriu a especialista.

O estudo, apresentado na reunião anual da Associação Americana de Anatomia na Filadélfia, examinou fibras em amostras de músculos faciais de lobos e cães domesticados.

Os resultados mostraram que os lobos têm uma porcentagem menor de fibras de contração rápida em comparação com os cães domesticados de hoje. Ter músculos de contração lenta ao redor dos olhos e do rosto seria útil para os lobos enquanto uivam, disseram os pesquisadores, enquanto ter mais músculos de contração rápida ajudaria os cães a chamar a atenção de seus donos com latidos curtos e rápidos e expressões mais variadas.

“Essas diferenças sugerem que ter fibras musculares mais rápidas contribui para a capacidade do cão de se comunicar efetivamente com as pessoas”, explicou Burrows.

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